quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia da Espiga



O Dia da Espiga celabra-se na quinta feira de Ascenção.

A tradição, embora já não seja o que era, promove um passeio matinal para a recolha de espigas, flores campestres e raminhos de oliveira que depois de pronto se dará o nome de ramo de espigas. Segundo a mesma o ramo deve ser colocado por detrás da porta de entrada, e só deve ser substituído por um novo no dia da espiga do ano seguinte.
O dia da espiga era também o "dia da hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios.


A simbologia por detrás das plantas que formam o ramo de espiga:

Espiga – pão;
Malmequer – ouro e prata;
Papoila – amor e vida;
Oliveira – azeite e paz; luz;
Videira – vinho e alegria e
Alecrim – saúde e força.


Todos os anos tenho um ramo de espigas em casa, e na ausência da espiga de vários ceriais, é comum que um pão (normalmente carcaça) faça parte do ramo.

O engraçado é que este pão não ganha bolor (os pães dos ramos de espiga que já tive nunca ganharam bolor de um ano para o outro...qual a explicação? não sei!).

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